Quem tiver a oportunidade de sobrevoar a Estátua da Liberdade em Nova York, poderá observar lá de cima os delicados detalhes de seu acabamento.
Na parte superior da enorme figura, que com o pedestal mede mais de 91 metros, veem-se os cachos do cabelo, esculpidos e polidos com o mesmo esmero que o resto de sua anatomia e sua vestimenta.
O escultor foi Fréderic-Auguste Bartholdi, que terminou a obra em 1866. O curioso é que, nessa época, ainda não haviam inventado o avião. Até onde o artista sabia, ninguém veria a parte mais alta da estátua. Entretanto, evidentemente acreditava que todo sucesso se constrói com pequenos detalhes. Assim, mesmo sabendo que ninguém veria aquele pedaço da cabeça da estátua, lá no alto, não abriu mão de esculpi-lo com todo o esmero.
Temos a tendência de seguir a filosofia do “vai assim mesmo” nas situações onde ninguém vai ver o que fazemos ou em tarefas que, ao nosso critério, são de menor importância.
Normas de segurança, por exemplo, são o típico exemplo disso: “Pra que usar o protetor auricular? Eu só vou ficar um pouquinho aqui dentro e já vou sair!”. E assim podemos citar inúmeros exemplos que vão desde o aperto de um parafuso, o uso de gírias ou erros de português em comunicações escritas entre colegas e até com clientes ou fornecedores externos, o relaxo com a limpeza do local de trabalho ou uniforme, o uso não higiênico ou cuidadoso dos banheiros etc.
A busca de excelência deve estar em cada detalhe, em cada pequeno gesto ou tarefa. Só teremos qualidade, sucesso e bem-estar no ambiente de trabalho se cada um de nós for rigoroso em fazer sempre o melhor em tudo, quer seja nas grandes tarefas como nos pequenos detalhes, que ninguém vai ver.
Já dizia alguém: “O medidor do sucesso é o conta-gotas”.